segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Como funcionava a política na República Velha?

- República do café com leite
- Política dos governadores
- Coronelismo

-> Nível Federal:

República do café com leite
A República Velha também ficou conhecida como República do café com leite, se referindo a São Paulo e a Minas Gerais, pois São Paulo era o maior produtor de café no Brasil e Minas Gerais o maior produtor de leite.A República do café com leite privilegiou São Paulo e Minas Gerais, porque eram os estados mais ricos, São Paulo era o primeiro em indústrias, segundo em população e o maior produtor de café; Minas Gerais era o segundo em indústrias e café, e o primeiro em população; portanto as oligarquias paulista e mineira se uniram e acabaram dominando o país durante a República Velha e outras oligarquias acabaram se juntando à elas, porque não tinham força política e econômica para enfrentá-las.Uma comprovação da força política de São Paulo e Minas Gerais foi que os presidentes da República Velha foram paulistas e mineiros e até muitos dizem que a República do café com leite foi o revezamento no poder de paulistas e mineiros, mas não foi, pois São Paulo tinha mais poder, portante houve mais presidentes paulistas.A política do café com leite foi uma política de privilégios para o setor cafeeiro, um exemplo disso foi o Convênio de Taubaté, em que o governo teve que comprar e estocar café, porque os cafeicultores estavam passando por uma crise e, assim, o café mantinha o preço e os cafeicultores ficavam sem prejuízos.
Autora: Sarah.

-> Nível estadual:

Política dos governadores

A política dos governadores foi implantada pelo presidente Campos Sales e representou a aliança entre o poder federal e o poder estadual, em que o presidente apoiava os governadores e os governadores apoiavam o presidente, essa relação era feita para garantir a eleição dos candidatos oficiais para o Congresso. Essa aliança era feita através da Comissão Verificadora de Poderes. A Comissão Verificadora de Poderes era responsável pela diplomação dos candidatos eleitos, porém, se eles fossem da oposição, a diplomação não era dada, garantindo assim, falta de oposição no Congresso. Essa política favoreceu a corrupção, porque não adiantava vencer as eleições e sim, ganhar o diploma pela Comissão Verificadora de Poderes e se fosse opositor não ganhava, favorecendo, assim, a aceitação da maioria no Congresso sem oposição, pois não tinha diversidade ideológica e o presidente tinha maior aceitação política, pois o legislativo fazia leis de acordo com os interesses do governo. Além de que, afastava os conflitos entre os governos federal e estadual.
Autora: Sarah.

-> Nível municipal:

Coronelismo
No coronelismo, o poder político era o coronel e como nessa época o Brasil ainda era rural, o coronel era uma figura política rural muito importante e eles tinham poder econômico e político e monopolizavam a região, ou seja, dominavam a região e isso criou condições favoráveis para os coronéis submetessem a população de sua região a votar neles ou em seus aliados.Umas das bases do coronelismo foi o mandonismo (o coronel mandava matar), clientelismo (troca de favores entre o coronel e os eleitores), bico de pena (pessoas mortas “votavam”) e o voto cabresto (como o coronel era o poder político e econômico de alguma região, ele determinava em quem a população de sua região iria votar, fazendo-se alusão ao cabresto utilizado no burro para determinar aonde ele vai). A Constituição de 1891 favorecia as bases do coronelismo, porque ela instituía o voto aberto/masculino/alfabetizado/direto. O voto aberto facilitava a manipulação de voto e era o que os coronéis faziam, utilizavam-se do poder e de suas bases para manipular as pessoas para votarem neles ou em seus aliados.
Autora: Sarah.

Postagem: Sarah.

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