terça-feira, 12 de outubro de 2010

Não ao Trabalho Escravo

Ministério Público denuncia ruralistas por trabalho escravo no Tocantins (Texto I)
O Ministério Público Federal no Tocantins (MPF-TO) denunciou à Justiça federal dois produtores rurais por submeterem trabalhadores a trabalho análogo ao escravo na fazenda Rio Parú, município de Colinas do Tocantins. De acordo com a denúncia, em 2008, o dono da fazenda Volnei Modesto Diniz e o seu irmão que administrava o terreno na época, Divino Pádua Diniz, aliciaram e contrataram três trabalhadores obrigando-os a jornadas exaustivas.A situação permaneceu até agosto de 2008, quando o Grupo Especial Regional de combate ao Trabalho Escravo/Degradante visitou a fazenda e constatou as irregularidades. Além do longo período de trabalho, os trabalhadores estavam em alojamentos sem condições de segurança e saúde. Segundo o MPF-TO, os trabalhadores "não tinham filtro e bebiam água suja, coletada diretamente do mesmo córrego em que o gado também bebia água, sem nenhum tratamento bacteriológico. Os locais destinados ao preparo dos alimentos também eram precários e sem condições mínimas de higiene, exposto a toda sorte de sujeira, inclusive bichos peçonhentos e ratos. Os alimentos eram descontados no valor a ser recebido pelos trabalhadores."Quatro denúncias em marçoEm março deste ano, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Tocantins enviou à Justiça quatro denúncias pelo crime de redução de trabalhadores a condições análogas à de escravo no Estado, após fiscalização do Grupo Especial do Ministério do Trabalho. As denúncias dizem respeito a irregularidades na fazenda Santa Cruz, em Porto Nacional; fazenda São Sebastião, de propriedade de Valdeci dos Anjos Brito, no município de Colmeia; Fazenda São Marcos, no município de Cariri do Tocantins, de propriedade de Flávio José dos Reis Freitas; e na empresa Minasmar Limpeza e Conservação Ltda.
Autor:Martina Calvacanti
Trabalho escravo é usado para desmatamentos no Brasil,diz OIT (Texto II)
Um estudo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) indica que o trabalho escravo no Brasil se encontra, principalmente, em zonas de desmatamento da Amazônia e áreas rurais com índices altos de violência e conflitos ligados à terra.
Segundo a publicação, apesar dos avanços feitos pelo governo brasileiro nos últimos anos, "a mão-de-obra escrava continua sendo usada no país para desmatar a Amazônia, preparar a terra para a criação do gado e em atividades ligadas a agricultura em áreas rurais".
A análise faz parte do livro Forced Labor: Coercion and Exploitation in the Private Economy ("Trabalho Forçado: Coerção e Exploração na Economia Privada", em tradução livre), que será lançado pela OIT no próximo domingo (23), quando se comemora o dia mundial em memória do tráfico de escravos e da abolição da escravatura.
A obra apresenta uma série de estudos de caso sobre formas de escravidão modernas na América Latina, Ásia, África e Europa e traz um capítulo específico, de 15 páginas, sobre o Brasil.

De Rondônia ao Maranhão
Com base na análise de dados e estatísticas do governo brasileiro e da Comissão Pastoral da Terra, a OIT constata que a correlação mais evidente se verifica no sul e sudeste do Estado do Pará que, registrou quase a metade das operações do governo para libertar os trabalhadores escravos. No mesmo período, o Estado contribuiu com 38,5% do desmatamento total do país e registrou 44,12% dos crimes ligados a terra, indica a OIT.
Os dados analisados também demonstram que o trabalho escravo vem sendo utilizado para aumentar a produção agrícola e para o preparo das áreas desmatadas que serão transformadas em pastos.
"De fato, as propriedades rurais que usam o trabalho escravo estão concentradas exatamente numa faixa de terra onde foram abertas clareiras, que vai de Rondônia ao Maranhão", afirma à BBC Brasil Roger Plant, diretor do programa contra trabalho forçado da OIT.
Autor:Desconhecido
Comentário do Texto II
É uma pena que no século XXI ainda possui a existência da Escravidão no Brasil.Este problema está se tornando cada vez mais agravante no Brasil como nos mostra no texto II que o trabalho escravo se encontra principalmente em zonas de desmatamento da Amazônia e áreas rurais com índices altos de violência e conflitos ligados à terra.Pois apesar do avanço do nosso País ainda ha mão de obra escrava que é usada para desmatar nosso País é o que mostra a pesquisa da Organização Mundial do Trabalho.
Autora:Larissa.
Postagem:Larissa.

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